Alunos produzem vasos, colares, quadros, chaveiros e flores nas aulas |
Alunos do atendimento educacional especializado (AEE) da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Neusa Nunes Gonçalves, em Nova Palestina, mostram que as suas diferenças não representam limites, mas oportunidades.
Na sala de recursos especiais, 10 alunos com quadro de autismo,
comprometimento intelectual, déficit de atenção e deficiências múltiplas
são orientados pela professora Rosimeiry Maria da Costa e produzem
vasos, colares, quadros, chaveiros e, até mesmo, flores de tecido,
dignos de uma decoração de luxo.
Objetos como garrafas de vidro, botões, retalhos de tecido, jornal e
filtro de café, que seriam descartados, nas mãos desses alunos se
transformam em peças funcionais e decorativas.
Essas atividades manuais têm o objetivo de estimular a criatividade, a
coordenação motora, a concentração, a assimilação de conteúdo de sala
de aula (a exemplo da aplicação da geometria na construção de uma caixa
de madeira) e, ainda, promover participação, autoconceito e integração
entre os alunos.
Habilidades
Alunos do atendimento educacional especializado da Emef Neusa Nunes Gonçalves participam de oficina |
A cada aula, as habilidades dos alunos são ainda mais aprimoradas, e é
possível observar neles o desejo e a vontade de aperfeiçoar as técnicas
aprendidas na sala de aula. É uma aula leve e divertida, onde há
progressos tanto nas produções quanto no crescimento pessoal de cada
estudante.
"A
participação é intensa. E é gratificante ter esse retorno da dedicação
dos alunos. A importância das atividades se dá a partir da perspectiva
de que os trabalhos manuais proporcionam até mesmo o autoconhecimento e
promovem a autoconfiança dos alunos. E é notável o crescimento deles a
cada semana, tanto no que diz respeito ao desenvolvimento pessoal quanto
à produção dos materiais. Eu me sinto honrada de poder participar dessa
evolução", relatou a professora Rosimeiry.
"Esse momento serve para explorar as várias possibilidades das
habilidades dos alunos. É emocionante observar como eles evoluem e
interagem cada vez mais, produzindo sempre uma peça mais linda do que a
outra", contou a professora Josiane da Silva.
Relatos
"É legal poder praticar o artesanato desse jeito. A cada dia eu
aprendo algo novo e, por isso, estou gostando muito de participar",
disse o aluno Otávio Costa Azevedo, de 9 anos.
"Adorei participar desse projeto. Meu trabalho favorito foi a
florzinha de pano, que produzi com botão, agulha e tecido. Ficou bonito,
né?", disse a aluna Rafaela Almeida Monteiro, de 11 anos.
Equipe da unidade não esconde a satisfação com o desempenho e dedicação dos alunos |
Matéria publicada no site da Prefeitura Municipal de Vitória em 24/09/2014, às 14h50
Fotos de André Sobral
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